- Eu odeio esses alunos de jornalismo escrotos que têm um blog, escrevem qualquer chorume literário auto-irônico e acham que são o Gabriel García Marques.
- Mas você é um aluno de jornalismo escroto que escreve chorumes literários auto-irônicos e se acha o Gabriel García Marques.
- Pois é, e eu me odeio por isso!
quarta-feira, 11 de maio de 2011
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Reflexões sobre o amigo que se dissipou
"Hoje, amanheceu e eu pensei que talvez a tristeza não pudesse voltar aqui e me oferecer um café ou outra distração qualquer."Mas ela veio e eu aceitei o café. Amargo.
Quando me disseram que ele não estava mais aqui, eu não chorei. Economizei os 70% de água que trago no corpo e me limitei a não aceitar. Queria acreditar que aquela era mais umas das mentiras que ele contava pra impressionar todo mudo. Mas, a julgar pela seriedade da situação, não era. Ninguém ria. Do outro lado da linha, meu amigo chorava.
Mesmo sabendo que eu nunca mais ia rir das piadas sem graça que ele contava, eu não chorei. Mas meu cenho ficou franzido o dia inteiro. Aquilo era a tristeza me oferencendo o café. O café mais forte e sem açúcar que eu tomei na vida. E não tinha nem adoçante.
No começo, ele era o mais alto. Mas nós alcançamos ele. No começo, ele era o mais experiente. Mas nós alcançamos ele. No começo, ele era o mais velho. Nós nunca o alcançamos. Até que, de repente, a contagem dos anos terminou pra ele. E a da gente continuou. Aí, nós alcançamos ele.
Então, chegou a minha vez de transmitir a notícia. E dos 70% de água que eu trazia no corpo, restaram, talvez, pouco mais de 10%. Sequei. Do outro lado da linha, eu chorava.
Quando me disseram que ele não estava mais aqui, eu não chorei. Economizei os 70% de água que trago no corpo e me limitei a não aceitar. Queria acreditar que aquela era mais umas das mentiras que ele contava pra impressionar todo mudo. Mas, a julgar pela seriedade da situação, não era. Ninguém ria. Do outro lado da linha, meu amigo chorava.
Mesmo sabendo que eu nunca mais ia rir das piadas sem graça que ele contava, eu não chorei. Mas meu cenho ficou franzido o dia inteiro. Aquilo era a tristeza me oferencendo o café. O café mais forte e sem açúcar que eu tomei na vida. E não tinha nem adoçante.
No começo, ele era o mais alto. Mas nós alcançamos ele. No começo, ele era o mais experiente. Mas nós alcançamos ele. No começo, ele era o mais velho. Nós nunca o alcançamos. Até que, de repente, a contagem dos anos terminou pra ele. E a da gente continuou. Aí, nós alcançamos ele.
Então, chegou a minha vez de transmitir a notícia. E dos 70% de água que eu trazia no corpo, restaram, talvez, pouco mais de 10%. Sequei. Do outro lado da linha, eu chorava.
Assinar:
Postagens (Atom)